Rommel Werneck
"Relógio, roda o tempo atrás. Sinceras / Virtudes tenho e são de priscas eras."
Textos
BAÚ



Quantos objetos reinam no baú,
No decreto supremo da injustiça!
Ó sono temeroso de preguiça...
Nada sereno, tudo leve, azul...

Um perfume longínquo que me atiça...
O passado inocente sem tabu...
O cântico de um último urubu...
Um leque prisco, um véu negro de missa...

Lençóis que guardam algo tão secreto...
Passados perigosos: ilusões!
Prelúdio fugitivo só repleto

De notas lacrimosas de emoções...
Eis, minha cara, meu caro, o decreto
Que me impôs azuis recordações...

Rommel Werneck
Enviado por Rommel Werneck em 13/04/2011
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