LUTO ETERNO
Oh! Viúvo que já provou ardor pleno
Mas não viveu o sagrado matrimônio.
Bebeu o mais diviníssimo veneno
Amando um anjo, lúgubre demônio.
Pelo demônio, quanto ardor lascivo!
Quantos desejos, quantos sacrifícios,
Quanto amor, quanto amor, quantos suplícios!
E hoje nem sei quem sou e nem se estou vivo!
Por isto, converti-me em rubro Luto,
Comecei a clamar pela bela Morte
E a sentir medo eterno de meu Sonho.
Do Sonho, o pesadelo mais tristonho...
Da Morte, o servo mais mórbido e forte...
Do Luto, nobre e virgem prostituto!
Rommel Werneck
Enviado por Rommel Werneck em 22/12/2008
Alterado em 21/02/2009