Rommel Werneck
"Quem teria graphado os pagãos agroglyphos? / A resposta direi, mas assusta-nos: ELLES!"
Textos

Só! Sem bonança dança, luz, ó luz!
Na solidão perpétua do viver...
Só! Com medo segredo, cruz, ó cruz!
No luto eterno deste alvorecer...

Só! Sem amor calor, alguém, ó alguém!
Na necrópole lúgubre e perdida...
Só! Com sombra que assombra, alguém, ó alguém!
Na floresta sangüenta desta vida...

Só! Chorando exalando negro sangue,
Sangue horrendo, infeliz, morto e ruim,
Morto e ruim querendo amor e dó,

Dó e caritas, amor, tudo tão só.
Só! Sem cor, sem ninguém, sem luz, sem fim!
Afundando-se neste rubro mangue...
Rommel Werneck
Enviado por Rommel Werneck em 10/01/2009
Comentários
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Charlyane Mirielle
Oi Rommel, obrigada pela visita. Você não só ama, como sabe escrever muito bem um soneto...São simplesmente lindos os teus. Parabéns !
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És também um cavaleiro noturno. E grande, grande, texto, esse. Perfeito. "sou cavaleiro noturno / luz no meio do umbral" você tem o tom da luz e as sombras ao mesmo tempo! Abs
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Benedita Azevedo
Oi Rommel! Obrigada pela presença em minha escrivaninha. Você tem potencial. Continue escrevendo. Fraterno abraço.
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Claudio Camargo Martins
é, cara você traz de volta o mal do século, que é o mal de todos os milênios. Faz-me recordar Álvares de Azevedo, com seus versos mórbidos. Eu prefiro cantar a vida, por crer em algo mais. Mas o que vale na poesia é colocarmos nela os nossos sentimentos e você faz isso com muito talento. Abraços.
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