CÉU VERMELHO
Resplandecem no céu mil tons vermelhos
Incendiando tudo, o lago e a neve.
Foi o tempo de dobrar os meus joelhos,
E desejar que tudo fosse leve...
Pouco a pouco, a confusa vida escreve
Maldições negras, únicos conselhos...
A minha alma cansada se descreve
Como um mar de antiguíssimos espelhos.
Prossegue a morte, bela primavera,
E me persegue a mórbida pantera...
Malgrado esteja duro e rubro o céu!
Eu sei que nesta Terra tão cruel
Tu me farás vencer o triste jogo,
E não me deixarás arder no fogo.
Rommel Werneck
Enviado por Rommel Werneck em 31/08/2010