FRACOS E FINOS
Quase pentâmetro iâmbico
Estes teus braços tão fracos e finos,
Tão leves, tão sublimes, tão perfeitos!
Seres mortos, terríveis, cristalinos,
Tão calmos, tão serenos e desfeitos...
Estes teus braços tão finos e fracos,
Tão tristes, tão funéreos, tão cansados!
Corpos cândidos, mil vezes opacos,
Tão rudes, tão simplórios, tão malvados...
Tão temerosos são esses destinos,
Tão belos, tão mortais, fracos e finos,
Tão tão pálidos, tão livres, tão frios...
Tão magros, tão vazios, tão sombrios,
Tão feios, tão fatais, tão macilentos,
Que me excitam em todos os momentos!
Rommel Werneck
Enviado por Rommel Werneck em 15/09/2011