BRANCO, BRANCO
Eu odeio vestir branco no Réveillon
Porque o branco me deixa gordo,
O branco e seu modismo fútil
Vão trazendo assim a guerra
O branco carrega qualquer maquiagem
O branco entristece toda noiva
O branco, na verdade, é o luto
Que inventaram pra desbotar a vida
A cor branca é a cor da máfia
A máfia da cândida que embranquece
Que desbota, que detona, que acaba
Com as poucas peças que a gente tem.
Eu odeio vestir branco ao deitar
Os sonhos não podem ser assim
A cama não pode ser vazia
A vida não pode ser branca
Eu odeio o branco, eu acho que ele é do mal!
Eu sei! Eu sei! Eu sei! Eu sei!
Que ele paga as nossas contas
O branco é tão pop que é patrão
O que eu quero é vestir preto
Botar pra fora toda minha vida
Mostrar pra eles que eu sou feliz
E que o branco não manda em mim
E que eu sou rei da cocada preta
Rommel Werneck
Enviado por Rommel Werneck em 21/10/2011
Alterado em 21/10/2011