Ele tem mau gosto e se veste mal
E lhe carece ter o próprio estilo,
Ele inexiste! Sem graça e sem sal!
Ele, sempre sorrindo, assim tranquilo,
Nem deve ter as convicções de mundo,
De paz, política, disto ou daquilo...
Eu, na cultura, na fé, me aprofundo,
Em línguas, artes, ciência, por fim
Escrevendo um soneto vagabundo...
Ele não sabe francês, nem latim,
Ele não tem instinto exploratório,
Nem mesmo sabe gritar e latir!
Sim! Eu os vi entrando no cartório,
Juntinhos e lindinhos, que fofinho,
Ele usando um terninho de escritório!
Por que escolheste o tal sem sal mesquinho?
Se o cérebro a cabeça não o supra,
Por que de noite ele te dá carinho?
Por que a consenso teu ele te estupra?!